“OBEDIENTE”.
     (Soneto).
 
 
Nas noites intermináveis
Que com a minha alma falo,
Tenho inspirações saudáveis
Obediente eu me calo.
 
Igual uma fruta no talo...
Aos olhos humanos notáveis,
Deixo-me levar no embalo
Eu vôo alto igual às aves.
 
Versos a mim são soprados
Nítidos aos meus ouvidos,
Que são psicografados.
 
Como se adormecidos...
Meus olhos ficam parados,
Meus dedos são dirigidos.