Prazeres ímpares
Edir Pina de Barros
Adoro ouvir a relva que se dobra
e exala doce cheiro quando a piso,
ou quando nela, sem pudor, deslizo
manhosa e devagar - esguia cobra.
Minha alma, frágil, quase se soçobra,
pelo prazer que sinto e cataliso
se o som de uma cascata, além, diviso
alegre a se espumar em cada dobra.
Ouvir os sons das águas murmurantes,
dos rios que deslizam para o mar,
rompendo, sem cessar, as verdes matas.
Nos pantanais e campos vicejantes,
ouvir belas araras a cantar,
no milharal o som das maritacas.
Brasília, 27 de Junho de 2010.
Livro: Poesia das Águas, pg. 40
Edir Pina de Barros
Adoro ouvir a relva que se dobra
e exala doce cheiro quando a piso,
ou quando nela, sem pudor, deslizo
manhosa e devagar - esguia cobra.
Minha alma, frágil, quase se soçobra,
pelo prazer que sinto e cataliso
se o som de uma cascata, além, diviso
alegre a se espumar em cada dobra.
Ouvir os sons das águas murmurantes,
dos rios que deslizam para o mar,
rompendo, sem cessar, as verdes matas.
Nos pantanais e campos vicejantes,
ouvir belas araras a cantar,
no milharal o som das maritacas.
Brasília, 27 de Junho de 2010.
Livro: Poesia das Águas, pg. 40