PÁSSARO FERIDO
Odir, de passagem
Baila no ar o pássaro liberto!
Reluzem, sob o sol, suas colores
ao voejar o verde mar aberto,
velando a volta dos seus viajores.
Rasa os coqueiros em roteiro incerto.
Quem sabe siga a senda dos amores?
Volta a visar o chão inda mais perto.
O chão – motivo e causa dos horrores!
Um caçador. Um tiro de tocaia,
o papo rubro, o rodopio lento,
o debate da dor no chão da praia.
Ao espaço lhe chama a voz do vento,
um vôo a mais, só mais um vôo ensaia,
enquanto sangra o sonho e morre o alento!
JPessoa, 26.06.10
Odir, de passagem
Baila no ar o pássaro liberto!
Reluzem, sob o sol, suas colores
ao voejar o verde mar aberto,
velando a volta dos seus viajores.
Rasa os coqueiros em roteiro incerto.
Quem sabe siga a senda dos amores?
Volta a visar o chão inda mais perto.
O chão – motivo e causa dos horrores!
Um caçador. Um tiro de tocaia,
o papo rubro, o rodopio lento,
o debate da dor no chão da praia.
Ao espaço lhe chama a voz do vento,
um vôo a mais, só mais um vôo ensaia,
enquanto sangra o sonho e morre o alento!
JPessoa, 26.06.10