Soneto: Vagando...
Soneto: Vagando...
As ruas estão escuras e solitárias
Parecem infinintamente intermináveis
Para passos já não tão estáveis
Que tentam chegar as várias
Saídas desta noite mísera
Para um vil mortal
Com sede de seu próprio mal
Alojado em sua víscera
Sem poder saciá-lo do fel
Destruidoramente quente e "insipidu"
Ficando ao abandono do acaso
Como pedaços do Céu
Feito de cristal que se partiu
Sem saber em que sonho passo.
Canindé, CE. 13 de Julho de 2005.