ARROJO DIFUSO
ARROJO DIFUSO
Num arrojo difuso e enfadonho
Vaguei toda noite, vaguei no sonho
Acordei desencantado, só, em mim
A boca que beijei, lábios de carmim
Pelo espaço sem fim se enfadou
Cenário de ilusão, no peito calou
Fui amado, sem amante, mutação
Perdulário instante de confusão
Sentidos maquilados, sonhador
Que em frente ao mar numa miragem
Sonda o íntimo a alma e seu fragor
Na cena do embarque nessa viagem
Sua vida aporta no cais do Criador.
Parou ali barca, sonho e coragem
São Paulo, 15/06/2010
Armando A. C. Garcia
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