Entre abismos de pureza o mar esconde
um tesouro, no resguardo das crateras,
desde o tempo em que as palavras das quimeras,
ai de mim, se aproximaram, não sei donde...
Salve heróis! Ó bravos homens de outras eras,
estendei além de mim as flores, ponde
as coroas estreladas sobre a fronde
e tomai parcas e moiras por sinceras.
No salgado desses verdes celebrai
o que a vida ainda permite – o sonho efêmero!
D’além-mar, onde esse engenho gera o sal,
entre as ondas de um liame não banal,
ó senhores, que comandam grau e gênero,
recolhei, desse legado, os cabedais!
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