Na fonte das certezas e dos medos
Escorrem  meus silêncios, minhas pausas,
Enquanto  uma esperança morre cedo
E a minha solidão tem sombras rasas.
Esgotam-se as nascentes, calam vozes;
Permutam-se as vontades por promessas...
As horas cada vez vão mais velozes
E apontam as loucuras inconfessas.
Na rua um carro breca, em sobressalto,
Entendo que o perigo é sempre esperto.
O som de uma buzina é qual arauto
E o sonho me adverte de algo incerto.
   O dia — mais um dia — vai ao meio
   E deixa em meu caminho outro receio...


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