Na fonte das certezas e dos medos
Escorrem meus silêncios, minhas pausas,
Enquanto uma esperança morre cedo
E a minha solidão tem sombras rasas.
Esgotam-se as nascentes, calam vozes;
Permutam-se as vontades por promessas...
As horas cada vez vão mais velozes
E apontam as loucuras inconfessas.
Na rua um carro breca, em sobressalto,
Entendo que o perigo é sempre esperto.
O som de uma buzina é qual arauto
E o sonho me adverte de algo incerto.
O dia — mais um dia — vai ao meio
E deixa em meu caminho outro receio...
nilzaazzi.blogspot.com.br