Outra Vez
Outra Vez
A aragem me envolve traiçoeira
Com restos de teu cheiro bandido
Gritando teu nome num gemido
Como o gorjeio da ave prisioneira
Vento egoísta revolve a poeira
Açoitando o coração já ferido
Num lento tormento sem ruído
Onde a noite fria a lua pranteia
Em minh’alma não existe revolta
Enfrento o nada aguardando tua volta
Num mar de ilusão prematura
Sonho contigo e acaricio com ternura
Teu corpo envolvente na nudez
E na fantasia te amo outra vez
Norma Bárbara