De Novo...

Tudo de novo estava como era antes:

tua janela, o portão, a mesma paz na rua,

o tempo que voltava aos mágicos instantes

da vida que, serena, segue e continua.

Tudo era exatamente igual a outros dias,

com a mesma ansiedade de esperar

que chegasses à janela - e assim fazias

se oferecendo toda ao meu olhar.

Parecia tudo igual, porém não era.

O que hoje vejo não passa de quimera,

coisas que a mente traz de tempo antigo.

O portão já não se abre, e a janela,

também fechada apenas me revela

que meu destino é ser só, e assim eu sigo.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 23/06/2010
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