Suspensos no horizonte
O dia escorregou, meio sem jeito,
Com ares de desgosto e algum enfado.
À tarde, recolhido e contrafeito,
Não sabe o que fazer, assim travado.
A noite se apagara no horizonte,
Vencida pela forte ventania!...
Quando a turba bradava lá no monte,
Ressoavam os ais na negra agonia!
Espera do momento em que se vê,
Suspensos no horizonte Lua e Sol
– O instante sensorial do lusco-fusco...
As brumas que sondavam o fuzuê,
Apagavam as estrelas no reinol...
No rugir qu’ecoava ao vento brusco!
Nilza Azzi // Paulo Costa