Suspensos no horizonte

O dia escorregou, meio sem jeito,

Com ares de desgosto e algum enfado.

À tarde, recolhido e contrafeito,

Não sabe o que fazer, assim travado.

A noite se apagara no horizonte,

Vencida pela forte ventania!...

Quando a turba bradava lá no monte,

Ressoavam os ais na negra agonia!

Espera do momento em que se vê,

Suspensos no horizonte Lua e Sol

– O instante sensorial do lusco-fusco...

As brumas que sondavam o fuzuê,

Apagavam as estrelas no reinol...

No rugir qu’ecoava ao vento brusco!

Nilza Azzi // Paulo Costa

Pacco
Enviado por Pacco em 22/06/2010
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T2335009
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