A SANTA
E no altar sobre o nicho em primazia,
Em profusão de luzes e de cor,
A santa milagrosa me sorria
E eu soluçava em sonhos de amargor!
Depois... Curvado, joelhos sobre o chão
Fiz-lhe sentimental declaração
E confessei-lhe o meu febril desejo...
E a santa abandonando o altar divino
Arrastou-me à lascívia do destino
Depondo em minha boca um doce beijo!
(...) E entrei na catedral da fantasia!
Na nave, em candelabros de esplendor,
Estrepitava a chama da alegria
Na esperança fantástica do amor