Soneto para o menino que morreu

Ele perdeu sua alma nas esquinas

Por onde, distraído, passou.

Seu coração secou de ruínas

Tantas que, deveras, chorou.

Perdeu seus passos, seu tato,

O equilíbrio e a esperança...

Seu sangue estancou, de fato,

No choro doído de uma criança.

Havia um menino tão lindo, enfim,

Não tão sorridente quanto sonhador.

Sem meio, sem inicio e sem fim...

O menino, lamentavelmente, sofreu...

E de tanto esperar à toa, esqueceu.

Que a vida voa... Que pena! O menino morreu...

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 21/06/2010
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