POR QUE TÃO CÉLERE?
Por que te vais, oh! tempo, tão depressa
e não me ouves em teu célere andar?
Já se foram nesta brida tantas décadas,
me surpreendo só num minuto a pensar!
Neste mundo corre a vida em via expressa,
reta, sem retorno, em mão única a transitar,
ficando apenas as lembranças registradas,
pois, somente a isto nada tem o que impeça.
Por que andas, oh!... tempo, desse jeito,
a atrelar nesta tua pressa nossas vidas
e és neste mister tão, mas tão perfeito?
Um pouquinho só das minhas alegrias vividas,
se deixasses um minutinho de ser perfeito,
certamente, teriam sido bem mais efusivas!