A fábula do Cisne e Escorpião
O Cisne ao contemplar o largo rio
Decide-se lançar-se pela águas
O escorpião com a mesma ideia a fio
Disfarça, no momento, suas mágoas
E pede a ave que o atravesse
No aconchego de suas asas largas
E o Cisne, caridoso, lhe merece
E tece a morte que então consagra
No meio da viagem acontece
O que já estava escrito na história
O mal paga a bondade com aspereza
O ser cruel retoma sua memória
Envenenando o Cisne que esquece
Que esta sempre foi sua natureza
Niterói, 15 de junho de 2010.