A Carta

Quantas vezes reli a tua carta,

imaginando ouvir a meiga voz

que minha alma de ternura farta

com o calor e o brilho de mil sóis.

Tua carta fez bem a esta saudade

que cada dia cresce no meu peito

como se um dia fosse eternidade

e a noite um deserto no meu leito.

Espero que tu voltes bem depressa

para matar a angústia que começa

a deixar as suas marcas doloridas.

E nós dois juntos aqui vamos reler

tudo que os olhos podem escrever

nas cartas de amor correspondidas.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 19/06/2010
Código do texto: T2328614