DE FRENTE À FOTOGRAFIA DA AMADA AUSENTE
...E eu olho para você na calmaria
Do meu quarto, no escuro, solitário.
(Fotografia inerte, em luzidia
Tela de frente a mim). Sou o visionário
E num transe total, fotografia
Beijo como se fosse este cenário:
De afago verdadeiro. E é só poesia!
N'alma a brotar tão pura em itinerário
Que nós, só nós: os poetas... permitimos
Ao coração que sofre, pela ausência
Da amada, sem perder o romantismo.
Nós poetas que sonhamos e admitimos
Contrariar toda exata e pura Ciência
Que Diz: - só há amor se houver o magnetismo.
(Alexandre Tambelli, para Carla, São Paulo, 04 de dezembro de 2005 - 0:57h)