Soneto à madrugada
(Pra não dizer que não falei do galo e de Alvacir)
Penumbra da manhã, desponta a alva.
Círculos de luz vertem do sol.
A sombra se desfaz no arrebol,
no céu desaparece a Estrela Dalva.
O galopante avanço do astro-rei
desfaz últimas sombras, raia o dia.
A luz derruba o breu, a noite fria
afasta-se, obedece à eterna lei.
Na luz, a Estrela Dalva se recolhe.
Agora o sol domina o universo
e traz, com seu calor e luz, regalo.
A lua, também escondida e só,
lhe serve como espelho no outro verso
e a alva se refaz, a propagá-lo.