CICATRIZES (III)
 
Rabisco agora, com meu sangue tinto
Esta alvadia tela, sem pudor,
Para falar de minha mágoa e dor,
Daquele amor que agora está extinto...
 
Saudade dentro em mim também pressinto,
Daqueles tempos prenhes de fulgor,
Marcados por prazer, por tanto amor,
Sempre brindado com um vinho tinto!
 
Silencioso estás! Mais nada dizes...
Tristonha lembro dias mais felizes,
De amor replenos, hoje tão fugazes...
 
Se agora sofro, muito tu te aprazes...
E teus silêncios são demais vorazes
E n’alma minha deixam cicatrizes!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/06/2010
Código do texto: T2323419
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.