CICATRIZES (III)
Rabisco agora, com meu sangue tinto
Esta alvadia tela, sem pudor,
Para falar de minha mágoa e dor,
Daquele amor que agora está extinto...
Saudade dentro em mim também pressinto,
Daqueles tempos prenhes de fulgor,
Marcados por prazer, por tanto amor,
Sempre brindado com um vinho tinto!
Silencioso estás! Mais nada dizes...
Tristonha lembro dias mais felizes,
De amor replenos, hoje tão fugazes...
Se agora sofro, muito tu te aprazes...
E teus silêncios são demais vorazes
E n’alma minha deixam cicatrizes!
Rabisco agora, com meu sangue tinto
Esta alvadia tela, sem pudor,
Para falar de minha mágoa e dor,
Daquele amor que agora está extinto...
Saudade dentro em mim também pressinto,
Daqueles tempos prenhes de fulgor,
Marcados por prazer, por tanto amor,
Sempre brindado com um vinho tinto!
Silencioso estás! Mais nada dizes...
Tristonha lembro dias mais felizes,
De amor replenos, hoje tão fugazes...
Se agora sofro, muito tu te aprazes...
E teus silêncios são demais vorazes
E n’alma minha deixam cicatrizes!