Silêncio!
 
Silêncio! Pois agora estou morrendo aos poucos!
Em mim se findam tantos sonhos, meus amores,
Os meus poemas, pobres versos, minhas flores,
Os meus ciúmes, meus desejos vãos e loucos...
 
Silêncio! Por favor! Silêncio quero agora!
Em mim sepulto mil quimeras, meus penares...
Rasgo meus versos, jogo tudo pelos ares,
E a vida deixo, já que em nada mais se ancora...
 
Silêncio! Por favor! Morrer eu quero em paz!
Partir eu quero, sem delongas, sem melúrias,
Deixando para trás prazer, amor, luxúrias...
 
Que não me toquem mais as tuas mãos espúrias!
Silêncio! Enterro, enfim, os sonhos meus e mais,
O meu amor, que não terás, nunca... Jamais!
 
 
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/06/2010
Código do texto: T2323198
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