TEU SONETO [CCXXI]

Palavra com palavra, frase a frase,

e verso sobre verso, estrofe cada

a brotar, teu soneto sobe escada,

e quer tecer-se todo, e não se atrase.

Em decassílabos, metrificada,

a construção do texto, sem entrave,

reclama deste bardo que lhe crave

de ritmo e rimas uma batelada.

Vencidas duas quadras do poema,

do menestrel a lira canta e chora,

a derramar rubis de cor suprema.

E, pois, sequer faltando nem versinho,

a arquitetura finda, em que se flora,

a ti, querida, o bônus de um carinho.

Fort., 15/06/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 15/06/2010
Código do texto: T2321088
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