Minha irmã, liberta-me de tua teia,
Do teu feitiço; que minha alma incendeia,
Minha alegria perdida é escárnio naquela boca feia,
Transita minh’alma no egoísmo que ao mundo permeia,
Nas solicitudes dos risos negros que a tudo encadeia.
despeço, este emaranhado de provisões, que me dão sem alegria
Sem tua ventura, sou em pedaços, pássaro que não gorjeia
Terei triste fim, minha musica silenciará, finda a rebeldia
Serei lago manso, salobro, morrendo sem a melodia
Do teu amor, que me sublima em poesia
Se não tenho teu alfazema, resta me a angustia
O sonho do teu corpo, do teu enlace, da tua magia,
Restam-me, teus laços de ouro e insígnia
Resta-me a poesia do dia, sem temor sem alegria