Predestinação
Comendo letras e bebendo sangue
Nas tetas murchas da vil existência
Vivendo à sorte perto do que tange
A antiga morte na imoral decência
Na briga em selva plena sem clemência
Longe da relva que a alguns envolve
Sofrem as almas que a vida resolve
Provar na lida a sua paciência
De navegar do inferno ao paraíso
E amar sem ter Virgilio que as convença
Com a inocência de quem inda espera
Vencer a fera sem fazer juízo
Tendo por norte uma nova era
Mesmo ferido por sua sentença
Niterói, 13 de junho de 2010