O VELHO
Jovem do que tu ris? Do velho triste,
Cabelos brancos, faces enrugadas?
És muito jovem... Ah! Jamais tu viste
Algo além das narinas enfatuadas!
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Aquele pobre velho de quem riste
Já foi jovem, já teve namoradas,
Já viu tudo de bom e mal que existe!
Já foi o bamba em gerações passadas!
Não rias dele nunca, jovem tolo...
Teu riso um dia, pode ser que acabe
E o teu castelo em lágrimas desabe,
E, às portas da velhice e desconsolo
Não aches quem te faça, sem demora,
Como, por esse velho, eu faço agora.