Cavalos Soltos
E agora fechei porta do tempo
Aos cavalos soltos e selvagens
Mais velozes que todo o invento
Fustigam minhas tantas imagens
Ora, e agora? Saltei a barreira
Qual amazona desarvorada
Sinto o tempo vil em minha esteira
Num tropel lúdico em debandada
Encontro os campos sem pastores
Meu cavalo fareja a dúvida
Dos medos trôpegos, velhos amores
Parto ao encontro, do eterno vento
Para guardar os cavalos no pasto
Pois é vital, prender meu dia no tempo