Águas
Quão impoluta desce num arroio
Baila anosa co'a chuva do pantanal
E o teu povo num leito do sarau
Vê a tropa melodiosa no aboio
O tropeiro soturno te venera
No teu vergel a "alva-garça" nadifica
E a retidão do teu curso ratifica
a beleza insípida que de ti "proli-fera"
És santa pro silvícula canoeiro
O ribeirinho dá-te cheiro e sabor
E os vates cancionam tua alma
O pantanal é teu refúgio derradeiro
o aqüífero-guarani te rende palmas
E a vida resurgi em teu fulgor.