Águas

Quão impoluta desce num arroio

Baila anosa co'a chuva do pantanal

E o teu povo num leito do sarau

Vê a tropa melodiosa no aboio

O tropeiro soturno te venera

No teu vergel a "alva-garça" nadifica

E a retidão do teu curso ratifica

a beleza insípida que de ti "proli-fera"

És santa pro silvícula canoeiro

O ribeirinho dá-te cheiro e sabor

E os vates cancionam tua alma

O pantanal é teu refúgio derradeiro

o aqüífero-guarani te rende palmas

E a vida resurgi em teu fulgor.

Silva Neto
Enviado por Silva Neto em 02/09/2006
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