O eu do espelho

Eu sou esse nada que está percebendo.

Não tenho esperanças a alimentar.

O monstro desespero está nos corroendo,

Me roubando o belíssimo dom de amar.

Em cada um dos meus medos estou me escondendo,

Não sei se existe algo para me animar.

Sei que lá fora o dia acordou chovendo

E impediu o radiante sol de se levantar.

Olhei ao espelho e ainda me vendo

Percebi o velho eu querendo se libertar.

Me perguntou sobre o dia e nada pude falar.

O silêncio gritou: "Não está mais chovendo!".

E o "eu" do espelho voltou a sonhar,

Estava de vez livre, liberto a amar.

Dsoli

Dsoli
Enviado por Dsoli em 09/06/2010
Reeditado em 10/06/2010
Código do texto: T2309495
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