Sonhos
Edir Pina de Barros
Meus sonhos são recortes de papéis de seda,
em vários tons, dos mais escuros aos lilases,
alguns pesados, outros leves, mais fugazes,
mas nem em todos tenho a mesma sorte leda;
algum pedaço que no chão da vida queda,
liberto de meus versos, dos poemas, frases,
escapa e voa ao léu, sem ter assentos, bases,
e vai parar, enfim, na ardente labareda.
Assim se vão os sonhos, minhas primaveras,
os dias meus se tornam tristes, mais cinzentos,
e nada resta em mim do encanto e da ilusão.
Mas com papéis de seda invento mais quimeras
e as solto nos meus céus, sempre ao sabor dos ventos,
iguais pandorgas leves que distantes vão.
Brasília, 09 de Junho de 2010.
ESTILHAÇOS, pg. 86
Edir Pina de Barros
Meus sonhos são recortes de papéis de seda,
em vários tons, dos mais escuros aos lilases,
alguns pesados, outros leves, mais fugazes,
mas nem em todos tenho a mesma sorte leda;
algum pedaço que no chão da vida queda,
liberto de meus versos, dos poemas, frases,
escapa e voa ao léu, sem ter assentos, bases,
e vai parar, enfim, na ardente labareda.
Assim se vão os sonhos, minhas primaveras,
os dias meus se tornam tristes, mais cinzentos,
e nada resta em mim do encanto e da ilusão.
Mas com papéis de seda invento mais quimeras
e as solto nos meus céus, sempre ao sabor dos ventos,
iguais pandorgas leves que distantes vão.
Brasília, 09 de Junho de 2010.
ESTILHAÇOS, pg. 86