Folhas de Outono
Se amar é o único e singular caminho
Passível e sensato para se seguir
Que dizer das álgidas, parcas folhas
Farfalhando sem ter para onde seguir
Sendo levadas pela aragem d´outono
Seguem, secas e humildes, o seu caminho
Daqui para lá, de lá para cá, no vento
Estéreis, soltas e sem carinho
Em dias fugazes da eternidade
Tem sua vida sucinta, tão passageira
Sem exalar deleite e nem saudade
No errante tempo, nada gentil
Para essas folhas que tal poeira
Dissipam-se secas, num viver vazio