CASUAL
No gozo de uma vida atribulada
Evaporava o viço a juventude
Já fraca e de joelhos, assanhada
Da paga a rir-se toda em plenitude
Da mais doída mostra desvairada
Nos veios do tesão tão amiúde
A uma risada solta, gargalhada
O poderoso sangue ao corpo surge
Por um momento treme, se aguça
E em horas só propícias ao prazer
Executa o que faz por merecer
Calcando fundamente nesse ser
Aquela dança amorosa que assalta
Reanima de tanto que faz falta