SEMEADURA
No fim só restarão de nossas carnes, lodos...
E tudo há de morrer, vaidade, sonhos, tudo!
As vozes calarão! O tempo é sanhudo...
Na terra hão de findar nossos prazeres todos.
Há que pensar, então, nas ilusões, engodos,
Nada nos restará, do orgulho frio e mudo...
E não teremos mais, enfim, qualquer escudo,
De nada valerão os nossos vis apodos...
Apenas vão vingar sementes da piedade,
E se eternizará um só gesto d’ amor
O verbo há de ecoar, não morrerá no espaço!
Não custa receber ou dar também abraço,
Ao outro conceder, ouvir o seu clamor...
Sim! Plantemos co’ amor, para deixar saudade!
No fim só restarão de nossas carnes, lodos...
E tudo há de morrer, vaidade, sonhos, tudo!
As vozes calarão! O tempo é sanhudo...
Na terra hão de findar nossos prazeres todos.
Há que pensar, então, nas ilusões, engodos,
Nada nos restará, do orgulho frio e mudo...
E não teremos mais, enfim, qualquer escudo,
De nada valerão os nossos vis apodos...
Apenas vão vingar sementes da piedade,
E se eternizará um só gesto d’ amor
O verbo há de ecoar, não morrerá no espaço!
Não custa receber ou dar também abraço,
Ao outro conceder, ouvir o seu clamor...
Sim! Plantemos co’ amor, para deixar saudade!