Insensatez

Esqueço de mim, lânguido, talvez!...

Quando a brisa se debruça em meu peito,

Mergulha em minh’alma, tod’a avidez...

Nas águas perfumadas em meu leito,

Na luz dessa paixão, na insensatez,

Derramo, sem fim, palavras de efeito.

Desejo, em meus sonhos, que tu me dês

Em verso e poesia o almejado: — Aceito!

Minh’alma vagueia em profundo som,

Vendo as estrelas, mergulhando ao mar...

Transpondo a fantasia em meio-tom,

Alcanço um merencório patamar.

No lamento das notas de um pistom,

Vêm lembranças nostálgicas vagar.

Paulo Costa // Nilza Azzi

Pacco
Enviado por Pacco em 08/06/2010
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T2306719
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