Insensatez
Esqueço de mim, lânguido, talvez!...
Quando a brisa se debruça em meu peito,
Mergulha em minh’alma, tod’a avidez...
Nas águas perfumadas em meu leito,
Na luz dessa paixão, na insensatez,
Derramo, sem fim, palavras de efeito.
Desejo, em meus sonhos, que tu me dês
Em verso e poesia o almejado: — Aceito!
Minh’alma vagueia em profundo som,
Vendo as estrelas, mergulhando ao mar...
Transpondo a fantasia em meio-tom,
Alcanço um merencório patamar.
No lamento das notas de um pistom,
Vêm lembranças nostálgicas vagar.
Paulo Costa // Nilza Azzi