À SOMBRA DA SOLIDÃO
Odir, de passagem

Caminhamos em rito universal
tentando o tempo, a minha sombra e eu.
Nunca a perdi, nem ela me perdeu,
somos o carma crido de um casal.

Bebemos as poções do bem e o mal,
vivemos da vivência o apogeu
somos princípio desde até o final,
pelo poder da luz que nos prendeu.

Para poder pesar o sim e o não,
somos partes distais da multidão,
numa postergação preconcebida.

A minha sombra e eu, em comunhão
com o sensório ser da solidão
que nos conduz à constrição da vida.

JPessoa, 07.06.10

oklima
Enviado por oklima em 07/06/2010
Reeditado em 18/06/2010
Código do texto: T2306186
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