Só assim
E, ao olhar o céu de fim de agosto
(e já é hoje início de setembro),
eu puxo da memória e, então, eu lembro
os textos que nós dois, com tanto gosto,
ousamos, sem sequer sabermos quem
estava no outro lado da telinha.
Eu fui teu confidente e tu a minha,
e assim feliz eu fui como ninguém.
Agora esta telinha em mim recorda
a imensa solidão em que me vejo
e volto a ver-te em versos, só assim.
Teu nome eu já conheço e sei de cor
da imensa criatura que, com beijo
(e só nos pés) eu sinto junto a mim.
01/09/2006