Absorto. (Soneto II da noite)
Impávido clamor tenho há tempos
Fulgor, retirante cerra emoções
Da vida, que triste, me deixa absorto.
Dilacera todos os corações.
Imagem que trago comigo agora
Onde dentre outras, me deixa despido.
Cerra-me os dentes em noite Dúbia
Trazendo a tona, o incerto destino.
O penoso andar com passos furtivos
Detenho-o agora no fusco, amigo
Lúgubre sombra, avilta meu pensar.
Atando, destes sorrisos castiços
Invade o frio cortante, lastimo,
Vindo de outras era, por outros tempos.
Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 2009.