Absorto. (Soneto II da noite)

Impávido clamor tenho há tempos

Fulgor, retirante cerra emoções

Da vida, que triste, me deixa absorto.

Dilacera todos os corações.

Imagem que trago comigo agora

Onde dentre outras, me deixa despido.

Cerra-me os dentes em noite Dúbia

Trazendo a tona, o incerto destino.

O penoso andar com passos furtivos

Detenho-o agora no fusco, amigo

Lúgubre sombra, avilta meu pensar.

Atando, destes sorrisos castiços

Invade o frio cortante, lastimo,

Vindo de outras era, por outros tempos.

Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 2009.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 06/06/2010
Código do texto: T2303261
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