SOLITUDE (II)
Se agora estou sofrendo, outrora fui feliz,
demais amada e amei o tanto quanto pude,
e sonhos já teci, e de outros me desfiz,
do amor, eu conheci, sua fugaz virtude;
e agora quem me vê duvida, mas não diz,
que a paz eu conheci, em meio a vida rude,
jamais tive na tez estranho e vil verniz,
mas estou assim, mais nada me delude.
O pranto que eu chorei, ninguém o viu, decerto,
e a dor que já senti me sangra, ainda, tanto,
amar feito eu amei jamais amou ninguém.
Mas hoje estou aqui, e tudo está deserto,
nas dunas vago só, na face rola o pranto,
porque conheço, enfim, a força do desdém.
Se agora estou sofrendo, outrora fui feliz,
demais amada e amei o tanto quanto pude,
e sonhos já teci, e de outros me desfiz,
do amor, eu conheci, sua fugaz virtude;
e agora quem me vê duvida, mas não diz,
que a paz eu conheci, em meio a vida rude,
jamais tive na tez estranho e vil verniz,
mas estou assim, mais nada me delude.
O pranto que eu chorei, ninguém o viu, decerto,
e a dor que já senti me sangra, ainda, tanto,
amar feito eu amei jamais amou ninguém.
Mas hoje estou aqui, e tudo está deserto,
nas dunas vago só, na face rola o pranto,
porque conheço, enfim, a força do desdém.