DOCE PRISÃO PERPÉTUA...

Oh! Doce clausura... Escolhi-te! E meu crime

Espio por livre arbítrio, como prova vede;

Por um ato pensado e um punhal sublime,

Dois corações juntos... São rabiscos na parede.

As horas passam... Como do olho o piscar,

E da doce clausura... Mérito meu inexiste!

Segurança máxima? Não! O chamo de lar,

Estar solto... Liberto. Ah! Como deve ser triste!

Às vezes vejo-me a espiar de minha cela,

O caminhar de meiga e linda donzela,

Mas, volto a mim e retorno à realidade;

Lá fora, talvez não mais que um dia,

Dure a emoção, o brilho da falsa alegria,

Mas nesta clausura... Eterna é a felicidade!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 05/06/2010
Código do texto: T2301043
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