DOCE PRISÃO PERPÉTUA...
Oh! Doce clausura... Escolhi-te! E meu crime
Espio por livre arbítrio, como prova vede;
Por um ato pensado e um punhal sublime,
Dois corações juntos... São rabiscos na parede.
As horas passam... Como do olho o piscar,
E da doce clausura... Mérito meu inexiste!
Segurança máxima? Não! O chamo de lar,
Estar solto... Liberto. Ah! Como deve ser triste!
Às vezes vejo-me a espiar de minha cela,
O caminhar de meiga e linda donzela,
Mas, volto a mim e retorno à realidade;
Lá fora, talvez não mais que um dia,
Dure a emoção, o brilho da falsa alegria,
Mas nesta clausura... Eterna é a felicidade!