Visões no Arrebol
Te vejo como vejo os passarinhos...
Cantando melodias no arrebol!...
Escrevendo frases em pergaminhos,
De belos cantos — como o Rouxinol!
À tarde, todos voltam para os ninhos,
As penas refletindo a luz do Sol.
Enfeitam céu azul; não vão sozinhos
Como eu. Que melancólico arrebol!
Tu és um anjo a iluminar os campos,
Tal qual um vaga-lume na floresta,
Onde o desencanto tornou-se encanto...
Que alegria sutil a tudo empresta,
A doce sensação desse acalanto,
— O amor mais puro, cantado em seresta.
Paulo Costa // Nilza Azzi