EM UMA MANHÃ DE INVERNO
Canta o galo, o dia amanhece,
O sol aparece num lindo albor,
As aves pipilam fazendo uma prece.
Há frio. O sereno respinga da flor.
Distante, ainda fechada pra noite,
Avisto a casa do ledo patrão,
Sua filha acorda bem cedo, afoito
Quero vê-la saindo em busca do pão.
Esses campos,manhãs, as aves que ouvi,
Tudo conotativo no peito se dá
Num arrulho plangente de uma juriti.
E eu não sei porque acho esse mundo tão lindo.
Por que me apego no orvalho que vi?
Por que me enterneço com o dia surgindo?
Alfredo