EM UMA MANHÃ DE INVERNO

Canta o galo, o dia amanhece,

O sol aparece num lindo albor,

As aves pipilam fazendo uma prece.

Há frio. O sereno respinga da flor.

Distante, ainda fechada pra noite,

Avisto a casa do ledo patrão,

Sua filha acorda bem cedo, afoito

Quero vê-la saindo em busca do pão.

Esses campos,manhãs, as aves que ouvi,

Tudo conotativo no peito se dá

Num arrulho plangente de uma juriti.

E eu não sei porque acho esse mundo tão lindo.

Por que me apego no orvalho que vi?

Por que me enterneço com o dia surgindo?

Alfredo

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 04/06/2010
Código do texto: T2298875