QUE PAI SOU EU ?
Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco) (1º)
Um grande pai pra tí desejei ser,
tive alegrias, também fiquei triste;
eras pequeno, nada disto viste
e se visses, como entender?
O sentimento é coisa abstrata,
a gente o tem e dá, não se percebe;
às vezes, quando em troca se recebe,
toda alegria no ser se retrata.
Naturalmente vê-se no semblante
o amor luzente em forma irradiante
quando a se sentir felicidade.
Hoje, porém, chego a sentir tristeza,
de nada mais eu posso ter certeza,
nem mesmo que pai sou, sem vaidade.
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