QUE PAI SOU EU ?

Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco) (1º)

Um grande pai pra tí desejei ser,

tive alegrias, também fiquei triste;

eras pequeno, nada disto viste

e se visses, como entender?

O sentimento é coisa abstrata,

a gente o tem e dá, não se percebe;

às vezes, quando em troca se recebe,

toda alegria no ser se retrata.

Naturalmente vê-se no semblante

o amor luzente em forma irradiante

quando a se sentir felicidade.

Hoje, porém, chego a sentir tristeza,

de nada mais eu posso ter certeza,

nem mesmo que pai sou, sem vaidade.

"https://www.clubedeautores.com.br/book/212294-M-O-M-E-N-T-O-S"

Carlos Celso
Enviado por Carlos Celso em 04/06/2010
Reeditado em 05/09/2017
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