PÃO DO BOM SENSO
Nunca, nunca estou longe da tua face,
Nem mesmo quando me sinto sozinho...
Me enche a lua cheia se em mim teu sol nasce,
Se no tempo leio teu pergaminho,
Se no teu passo traço meu caminho,
Como se nele eu sempre caminhasse,
Como o nunca do sempre é vizinho,
Talvez, pra sempre o sempre se calasse...
Ah, do teu falar sempre me avizinho,
Seguro a língua pra que daí não passe,
Tal sábio, no calar faço meu ninho!...
Limites há pra toda e qualquer classe
Num palacete, casebre ou cantinho,
Desde que o pão do bom senso ali se asse!...
Fernando A. dos Reis – 28-04-2010 – 23:30 horas