O IRMÃO POBRE

(Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco) (1º pág. 24)

Quem é esse homem (3o. pág. 152)

que me bate à porta?

senhor! não importa,

porque sinto fome.

Que tenho com isso

se nem te conheço?

senhor! eu padeço,

porque és omisso?

Não vês diferença

na minha presença

da tua, então?

Não vejo; afinal,

porque sou igual

a tí, meu irmão.

(Mais uma dádiva maravilhosa recebida do exímio poeta CHINXOLA, Cearense de Várzea Alegre e residente na Bahia em Barreiras, em 04 de setembro de 2013, ao meu modesto soneto "O IRMÃO POBRE" pelo que assumo e agradeço essa imensurável lisonja).

Filhos dos mesmos pais

não deviam ser diferentes

mesma genealogia sendo descendentes

casos assim são normais.

Irmãos consanguíneos, rico e pobre,

são todos, certamente iguais,

mesma família, seus ancestrais,

porém, apenas um nobre.

...O pobre tem muita fome

o rico sempre muito consome

mas nobreza não tem.

...Aquele quase sem nome

triste e envergonhado ele some

se sentindo um ninguém.

Carlos Celso
Enviado por Carlos Celso em 03/06/2010
Reeditado em 11/12/2020
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