RIBEIRÃO DE PIABINHAS
Quando bem jovem eu adorava pegar as piabinhas do ribeirão,
Dentro de um vaso de vidro eu as colocava, para vê-las nadar,
Eram tão lindas e coloridas que me chamavam muito a atenção.
Pareciam fadas mágicas, em variados tons bem vivos a brilhar.
Suas pequeninas bocas procurando o alimento que eu jogava,
Eram as migalhas de pães e farelinhos de milho bem miudinho.
Eu ali naquela admiração, não percebia o tempo que passava,
Todos os dias as contemplava e tinha por elas imenso carinho.
Vai se arrumar pro colégio menino! Minha avó brigava e dizia...
E bem ligeiro! Feliz ia estudar, já com saudades das piabinhas.
Antes, trocava a água, mas sempre uma pobrezinha lá morria.
Imaginava a sua vida forte igual a minha, mas estavam tristinhas.
Minhas lágrimas eu não soltava, por ser muito inocente não sabia,
Porém, o meu coração mandou libertá-las, para viverem sozinhas.