A CONDIÇÃO HUMANA [CCXVII]
Quão é pequena a condição humana!
Matamos sonhos como bicho fosse
– o gosto amargo finge-se mais doce
e a vida humana passa a ser insana.
É transitória a faina que nos trouxe.
Tão promissora, às vezes nos engana,
mas a verdade nunca que a profana,
pois viva a vida, ainda que agridoce.
Na mais mínima condição do homem,
ele se esteia nos bens mais humanos,
não só nas láureas do poder e haveres.
Por máximos pedaços que nos somem,
os bons sempre terão seus rastos planos
e os maus, pegadas só de desprazeres.
Fort., 1º/06/2010.