Ironia

O que de ti, é em mim tão belo, amor,
Se a nada me convence o seu coração?
O vil sentimento que me oculta a dor
Não a vês, irônica, sob a minha paixão!

Estendo os meus versos, a seu clamor;
O canto de ira, de um imenso vulcão.
E um grito afinado balbucia o condor:
Voz de mim, que dos astros vêm e vão...

Além da lua alva busquei te esquecer,
E, nos mistérios, o teu amor entender...
Mas só o cicio de tua voz, compreendi!

Murmúrio demência, a sua paixão leve,
Pois o irônico poema que te descreve
Não é em mim tão belo! Como é em ti!

(Poeta- Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 31/05/2010
Reeditado em 01/06/2010
Código do texto: T2292272
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