A DOR DA MADRUGADA

Maldita ausência, corta feito faca,

corpo aberto morre de poesia e dor.

O verso não sara, ferido de amor,

na sombra da cruel solidão que ataca.

A morte é lenta, a resistência é fraca,

coração estraçalhado, sofredor,

sangra pelo heróico gladiador

no silêncio de uma lágrima opaca.

A lua cheia revela-se esplendorosa,

ofuscando estrelas na madrugada.

Paixão cruel, desumana, desastrosa!

E tua lembrança minha eterna amada

preenche todos os espaços, monstruosa,

da alma triste que jaz desesperada!

Este soneto foi postado originalmente na página "MADRUGADAS" da poetisa Elen Nunes em companhia dos amigos Jacó Filho e Arão Filho e cujo link abaixo transcrevo:

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/2068618