AS TROMBETAS.
Quando eu penso que um insano posso ser,
E ainda mais pela minha cega intuição,
Desfazendo-me do que Deus me concedeu,
E comparando-me a uma criação em vão.
Me vi sacudido por um certo envolvimento,
Pedindo adentrar-me nos mistérios do alem,
Para vislumbrar do amor o entendimento,
A desvendarmos o que da vida está aquém.
Eu sinto a luz enaltecendo a minha alma,
E as trombetas que anuncia meu surgir,
Numa ascensão para a qual vou emergir.
Fui um convidado para este bolo partilhar,
Numa linda festa onde a pompa é diluída,
E ao morrer o homem inicia sua nova vida.