MEUS DIAS OFUSCADOS
Os meus dias são ofuscados pela saudade
Que envolve minha alma pobre desiludida.
Sou o gemido, o choro encostado na ansiedade,
Procurando um amor que perdi dentro da vida.
O ócio me acompanha;acomodou-se no coração.
O tempo devagar vai passando e eu por ele,
Nada mais importa! Nem os resmungos da ilusão
Conseguiu abafar os meus lamentos por ele.
Pesadelos me tomam a noite, rouba-me o direito
de sonhar. Rolo na cama esperando o novo dia,
O mesmo dia de ontem ofuscado: é desse jeito!
Mesmo assim vou vivendo no abandono, sem respeito,
sem opinião, sem carinho, sem rumo, sem bom dia.
Não espero nada! Não quero nada! Não sou nada!... Nada feito!
DIONÉA FRAGOSO