CAFAJESTE NATO

CAFAJESTE NATO

Se para todos, eu falava que eras a flor do meu jardim.

Era porque do fundo do meu coração muito te amava

Nos vendetas que por inveja inundavam de ódio a mim

Igualmente, a linha de minha vida ínfima transformava.

Quer saber. Por uma eternidade fui profano, desamado, atrevido.

Tão cruento inconseqüente, facínora, estúpido amante vilão.

Que agora, busco sem sucesso consolar seu coração partido.

Mas, certamente, de maneira alguma tente dar-me seu perdão.

Não me perdoa, porque isso por si seria uma coisa deplorável.

Afinal, tenho que sofrer e chorar o castigo penitente que me cabe.

E o inexorável fim, seja a meta de meu viver mau e insensato.

Mergulhado em lágrimas, amarrado ao tronco, destino lamentável.

Amargurado e tremulo, sem remissão, só se perdoa o que não sabe.

Que eu reconheça, assim, desde o inicio fui um cafajeste nato.

lazaro correa de oliveira
Enviado por lazaro correa de oliveira em 29/05/2010
Código do texto: T2287837
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