DESALENTO
As lágrimas percorrendo
A largos passos (seu rosto)
Olhos vitrificados sem esforço
Um mar de tristeza enchendo.
Não resiste. Mesmo sabendo
Que num turbilhão de desgosto
Viu-se envolvido. Mesmo deposto
Rendido embarcou sofrendo.
O relógio do seu coração chora
Bateu sua última hora
Num descompasso sombrio
Na noite fechou-se.
De lanças na alma adornou-se
Arquejando de Amor partiu.
Belém, 31/03/07 – 04h40.