Retum(brado)
Gritei! Mas, meu brado, que já não retumba
Numa tristeza a galope, da alegria pedestre
Se o terror é banal que nem mais assombra
Pois a vida lá fora é uma guerra, campestre
E morrem nossos sonhos presos à penumbra
De rolar pela relva e sentir perfume silvestre
D'outros tempos bons d'água fresca, sombra
Gravados nesta mente qual pintura rupestre!
Os castelos que constrói, da vida é escombro
As esperanças vãs, que de horror se fenestre
No peso do submundo que me recai ao ombro
Pois, da chorosa retina que mareja ao trombo
Rogando aos céus, uma intervenção terrestre
E que aqui reine a paz de tempos que lembro!
Valdívio de oliveira Correia júnior, 28/05/2010